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NR12 Item 12.3 Instalações e dispositivos elétricos

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Continuando nossa jornada pelos Princípios Gerais da NR12, chegamos a um tema vital: a segurança das instalações e dispositivos elétricos em máquinas e equipamentos. Choques elétricos, incêndios e explosões por falhas elétricas são riscos graves que a norma busca mitigar através de requisitos claros. Descomplique mais alguns alicerces da NR12!

12.3 Instalações e dispositivos elétricos

Este é o título de uma nova seção dentro da NR12. Ele indica que os próximos itens tratarão especificamente dos requisitos de segurança relacionados à parte elétrica das máquinas e equipamentos, incluindo circuitos, fiações, componentes e sistemas de controle elétrico. A norma reconhece a eletricidade como uma fonte significativa de perigo e dedica uma seção para abordá-lo.

Por que o item 12.3 é importante?

A eletricidade é fundamental para o funcionamento da maioria das máquinas que usamos hoje em dia. Mas, mesmo assim, ela traz seus perigos. Se não for bem controlada ou protegida, pode causar choques, queimaduras, incêndios e até explosões. E quem trabalha com essas máquinas precisa estar atento a isso.

Por isso, essa parte da instalação elétrica é tão importante. Ela garante que tudo funcione de forma segura, tanto na hora de montar quanto na manutenção. Assim, evita problemas e mantém todo mundo protegido.

No dia a dia, é bom lembrar que cuidar bem da instalação elétrica não é só questão de seguir regras, mas de evitar acidentes. Então, sempre tenha atenção ao trabalhar com eletricidade. Conhecer os riscos e agir com cuidado faz toda a diferença.

Exemplos práticos para aplicação da NR12.3:

  • Projetar o painel elétrico de uma máquina.
  • Instalar a fiação que alimenta os motores e sensores.
  • Verificar o funcionamento dos dispositivos de segurança elétricos.

NR12.3.1 Circuitos Elétricos de Comando e Potência

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O que a NR12 diz:

“12.3.1 Os circuitos elétricos de comando e potência das máquinas e equipamentos devem ser projetados e mantidos de modo a prevenir, por meios seguros, os perigos de choque elétrico, incêndio, explosão e outros tipos de acidentes, conforme previsto nas normas técnicas oficiais e, na falta dessas, nas normas internacionais aplicáveis.”

O que isso significa na prática?

Este item fala sobre um princípio bem importante para a segurança elétrica. Ele afirma que tanto os circuitos que controlam a máquina, ou seja, o comando, quanto aqueles que entregam energia pra ela funcionar, a potência. Precisam ser feitos e revisados de uma forma que evite acidentes elétricos, como choques, incêndios ou explosões. Além dos riscos diretos, também deve-se pensar em outros problemas que podem acontecer se algo der errado na parte elétrica.

A NR12 nos orienta que tudo isso seja feito usando “meios seguros”: soluções técnicas confiáveis, que realmente funcionem e protejam quem estiver por perto. E ela indica também que é bom seguir as normas técnicas brasileiras (ABNT) ou até mesmo as internacionais, que servem como referência para saber como fazer tudo direito.

Por que é importante?

É a base para a segurança elétrica das máquinas. Garante que o projeto e a manutenção dos sistemas elétricos visem ativamente a prevenção dos riscos mais graves associados à eletricidade. Ao remeter às normas técnicas, direciona para padrões de segurança elétrica reconhecidos e detalhados.

Exemplos práticos para aplicação da NR12.3.1:

  • Usar dimensionamento correto de cabos e proteções (disjuntores, fusíveis) para evitar sobrecargas que causem incêndio.
  • Instalar componentes elétricos dentro de invólucros adequados (painéis) para evitar acesso a partes energizadas e proteger contra poeira ou umidade (reduzindo risco de falha e incêndio).
  • Implementar sistemas de controle de segurança (conforme item 12.1.11 e NBR ISO 13849) que dependem de circuitos elétricos projetados para operar mesmo em condições de falha.
  • Garantir que a manutenção elétrica siga procedimentos seguros e use peças e métodos conformes.

NR12.3.2 Aterramento de Partes Condutoras

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O que a NR12 diz:

“12.3.2 Devem ser aterradas, conforme as normas técnicas oficiais vigentes, as carcaças, invólucros, blindagens ou partes condutoras das máquinas e equipamentos que não façam parte dos circuitos elétricos, mas que possam ficar sob tensão.”

O que isso significa na prática?

Vamos falar de aterramento de proteção, aquele “fio terra” que todo mundo já ouviu falar. Ele serve pra proteger a gente, principalmente em máquinas e estruturas metálicas que, por padrão, não carregam energia. Imagina o seguinte: uma falha elétrica acontece, como um fio desencapado tocando na carcaça da máquina. Se ela não estiver aterrada direitinho, essa parte pode ficar energizada, e aí… quem tocar ali pode levar um choque bastante sério, ou até fatal.

Por isso, é tão importante fazer essa conexão de forma correta. O aterramento garante que, se alguma falha acontecer, a corrente vai ter um caminho seguro pra se dispersar. Assim, a pessoa que estiver perto fica protegida. Ah, e tem que seguir as regras certinhas, que estão nas normas brasileiras, principalmente na NBR 5410. Dessa forma, tudo fica mais seguro, mais confiável.

Por que é importante?

O aterramento de proteção é uma das medidas mais fundamentais para prevenir choques elétricos. Em caso de falha de isolamento, ele desvia a corrente elétrica para a terra, protegendo o trabalhador que entra em contato com a estrutura da máquina e, geralmente, provoca o desligamento automático da energia (através de um disjuntor ou fusível), eliminando o perigo.

Exemplos práticos para aplicação da NR12.3.2:

  • Conectar a estrutura metálica principal de uma máquina injetora ao sistema de aterramento da fábrica.
  • Garantir que as portas metálicas do painel elétrico, mesmo quando abertas, mantenham sua conexão de aterramento (com fios de aterramento flexíveis).
  • Verificar periodicamente a continuidade do aterramento de todas as partes metálicas da máquina.

NR12.3.3 Proteção contra Água e Corrosivos

O que a NR12 diz:

“12.3.3 Os circuitos elétricos de comando e potência das máquinas e equipamentos que estejam ou possam estar em contato direto ou indireto com água ou agentes corrosivos devem ser projetadas com meios e dispositivos que garantam sua blindagem, estanqueidade, isolamento e aterramento, de modo a prevenir a ocorrência de acidentes.”

O que isso significa na prática?

Em ambientes onde há presença de água, umidade, vapor ou substâncias corrosivas (como fábricas de alimentos, químicas, lavanderias industriais), os sistemas elétricos das máquinas precisam de proteção extra. Este item exige que esses circuitos sejam projetados com:

  • Blindagem: Proteção física para evitar contato.
  • Estanqueidade: Capacidade de impedir a entrada de líquidos ou gases (geralmente especificado por graus de proteção IP – Índice de Proteção).
  • Isolamento: Componentes elétricos e fiações com isolamento adequado para o ambiente.
  • Aterramento: Conforme item 12.3.2, mas crucial nesses ambientes.

Essas medidas combinadas previnem curtos-circuitos, falhas de isolamento, corrosão de componentes e riscos de choque elétrico em condições ambientais adversas.

Por que é importante?

Água e agentes corrosivos aumentam bastante o risco de problemas elétricos, choques e até incêndios. Por isso, é essencial proteger bem os sistemas elétricos nesses ambientes, pensando na segurança de quem trabalha ali e na confiabilidade da operação.

Se você não tomar cuidado, esses fatores podem causar acidentes graves e deixar tudo fora de controle. Então, o ideal é investir em soluções que evitem essa deterioração e garantam que a eletricidade funcione direitinho, mesmo sob condições difíceis.

Exemplos práticos para aplicação da NR12.3.3:

  • Usar painéis elétricos com grau de proteção IP65 ou superior em áreas de lavagem ou alta umidade.
  • Instalar fiações e conectores elétricos resistentes à corrosão em ambientes com vapores químicos.
  • Garantir que motores e sensores em áreas úmidas tenham invólucros estanques e isolamento adequado.

NR12.3.4 Requisitos para Condutores de Alimentação Elétrica

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O que a NR12 diz:

“12.3.4 Os condutores de alimentação elétrica das máquinas e equipamentos devem atender aos seguintes requisitos mínimos de segurança:
a) oferecer resistência mecânica compatível com a sua utilização;
b) possuir proteção contra a possibilidade de rompimento mecânico, de contatos abrasivos e de contato com lubrificantes, combustíveis e calor;
c) localização de forma que nenhum segmento fique em contato com as partes móveis ou cantos vivos;
d) não dificultar o trânsito de pessoas e materiais ou a operação das máquinas;
e) não oferecer quaisquer outros tipos de riscos na sua localização; e
f) ser constituídos de materiais que não propaguem o fogo.”

O que isso significa na prática?

Este item detalha as exigências para os cabos e fios que levam energia da fonte (tomada, painel de distribuição) até a máquina. Eles precisam ser seguros em vários aspectos:

  • (a) Resistência Mecânica: Ser fortes o suficiente para o uso (se móvel, resistir a movimentação; se fixo, resistir a tensões acidentais).
  • (b) Proteção Adicional: Ter blindagem ou estar instalados de forma a não serem danificados por impactos, atrito constante (abrasão), contato com óleo, graxa, combustíveis ou calor excessivo.
  • (c) Localização Segura: Não passar por cima ou em contato com partes da máquina que se movem ou que têm bordas afiadas (cantos vivos) que poderiam cortar ou danificar o cabo.
  • (d) Não Criar Obstáculos: Não atravessar áreas de passagem de pessoas ou empilhadeiras, nem interferir na operação da máquina.
  • (e) Sem Outros Riscos: Estar instalados de forma a não apresentar outros perigos (por exemplo, cabos pendurados onde alguém pode enroscar).
  • (f) Não Propagar Fogo: Ser fabricados com materiais que dificultem a propagação de chamas em caso de incêndio.

Por que é importante?

Os condutores são, muitas vezes, a parte mais exposta do sistema elétrico de uma máquina. Se os cabos estiverem danificados, eles podem causar choques, curtos, incêndios e até parar de funcionar direito. Por isso, é importante garantir que os cabos sejam próprios para o ambiente e estejam instalados de um jeito que diminua o risco de acidentes ou danos. Assim, evita-se imprevistos e problemas maiores no funcionamento da máquina.

Exemplos práticos para aplicação da NR12.3.4:

  • Usar cabos com capa de proteção robusta em áreas onde há tráfego de veículos ou queda de materiais.
  • Instalar cabos dentro de eletrodutos ou calhas em vez de deixá-los expostos.
  • Fixar cabos ao longo das estruturas da máquina ou no teto, longe de pontos de operação ou manutenção.
  • Especificar cabos com características de não propagação de chamas .
  • Garantir que cabos móveis (em robôs ou equipamentos portáteis) estejam protegidos por esteiras porta-cabos ou sistemas similares.

FAQ – Perguntas Frequentes sobre NR12.3 a 12.3.4

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O que a NR12 exige para os circuitos elétricos de máquinas (item 12.3.1)?

Na NR12 diz que esses circuitos sejam projetados e mantidos de forma a evitar acidentes. Isso inclui proteger contra choques, incêndios, explosões e outros riscos. Para isso, é importante seguir as normas técnicas oficiais ou internacionais, que dão o caminho das pedras para fazer tudo de forma segura.

Por que é importante aterrar a carcaça metálica das máquinas (item 12.3.2)?

Imagine o seguinte: se acontecer uma falha elétrica, como uma fase tocando na carcaça, a corrente precisa de um caminho seguro pra ir embora. É aí que entra o aterramento de proteção, aquele fio terra que liga a estrutura ao solo. Sem ele, a carcaça fica energizada, e tocar nela pode levar a um choque elétrico perigoso, até fatal.

Por isso, aterrar não é só uma questão de garantir que a máquina funcione bem. É uma medida de segurança que evita acidentes graves. Simples assim: o aterramento direciona a energia pra terra, protegendo você e quem estiver por perto.

Que proteções os circuitos elétricos precisam ter em ambientes úmidos ou corrosivos (item 12.3.3)?

Primeiro, é importante projetar os circuitos com blindagem. Isso ajuda a proteger os componentes contra impactos ou toques acidentais. Além disso, a estanqueidade é indispensável, ou seja, fazer com que tudo seja resistente à entrada de água ou líquidos. Isso impede que a umidade chegue às partes internas e cause problemas.

Outro ponto fundamental é o isolamento adequado. Os fios e conexões precisam estar bem isolados, garantindo que não haja contato direto com a água ou agentes corrosivos. E, claro, o aterramento é uma medida de segurança básica, que ajuda a evitar choques ou acidentes caso alguém toque em uma parte energizada.

Pensamos assim: proteger esses circuitos não é só uma questão de evitar que eles parem de funcionar, mas também de manter as pessoas seguras. Tudo isso deve ser levado em conta na hora do projeto, garantindo que a instalação seja robusta e confiável, mesmo em ambientes desafiadores.

Quais requisitos de segurança os cabos elétricos das máquinas devem atender (item 12.3.4)?

Os cabos precisam ter resistência mecânica adequada. Além disso, é importante que eles tenham proteção contra danos, como rompimentos, arranhões, contato com produtos químicos ou calor. É fundamental também posicioná-los longe de partes móveis e cantos vivos, de modo a evitar riscos de acidentes ou obstáculos. Outra coisa importante: eles não podem obstruir o caminho ou criar perigos extras. E, claro, devem ser feitos de materiais que não propaguem fogo, garantindo mais segurança para todo mundo. Veja a NR12 resumida.