Continuando nossa jornada pelos Princípios Gerais da NR12, vamos agora analisar pontos sobre a conformidade de máquinas e robôs com base em normas técnicas reconhecidas e os requisitos iniciais de arranjo físico e instalações para garantir a segurança no ambiente de trabalho onde as máquinas operam. Descomplique mais alguns alicerces da NR12!
NR12.1.11 Conformidade com NBR ISO 13849
O que a NR12 diz:
“12.1.11 As máquinas nacionais ou importadas fabricadas de acordo com a NBR ISO 13849, Partes 1 e 2, são consideradas em conformidade com os requisitos de segurança previstos nesta NR, com relação às partes de sistemas de comando relacionadas à segurança.”
O que isso significa na prática?
Quando a gente fala em segurança de máquinas, uma das referências mais confiáveis é a norma técnica brasileira NBR ISO 13849. Ela se baseia na norma internacional ISO 13849, que é reconhecida mundialmente. Se uma máquina, seja fabricada aqui no Brasil ou importada, foi projetada e feita seguindo esses requisitos principalmente nas partes que envolvem o sistema de comando relacionado à segurança, como circuitos de parada de emergência, intertravamentos, entre outros ela já está alinhada com o que a NR12 pede para esses aspectos.
Quer uma maneira fácil de entender? Cumprir esses requisitos da norma ajuda a garantir que a máquina esteja em dia com as regras de segurança. Ou seja, ao seguir esses padrões, você evita problemas e contribui para um ambiente de trabalho mais seguro..
Por que é importante?
Quer facilitar o trabalho com a conformidade para fabricantes e importadores? Então, uma dica importante é não precisar interpretar os requisitos da NR12 direto dos sistemas de comando. Uma alternativa mais prática é seguir uma norma técnica reconhecida mundialmente, como a ISO 13849. Essa norma ajuda a garantir que seus sistemas de segurança atinjam o nível de desempenho necessário e facilitem a comprovação de conformidade com a NR12. Além de simplificar o processo, ela ainda promove a padronização com padrões internacionais de segurança funcional, deixando tudo mais alinhado com o que o mercado global exige.
Exemplos práticos para aplicação da NR12.1.11:
- Um fabricante de prensas projeta o sistema de controle de segurança (que inclui a cortina de luz e o circuito de parada de emergência) seguindo rigorosamente os requisitos da NBR ISO 13849-1 e NBR ISO 13849-2 para atingir o Performance Level (PL) exigido pela apreciação de riscos da prensa. Ao fazer isso, a parte do sistema de comando da prensa é considerada em conformidade com a NR12.
- Uma máquina importada já vem com seu sistema de segurança certificado por um órgão internacional como atendendo à ISO 13849. A NR12 reconhece essa conformidade para as partes de comando relacionadas à segurança.
NR12.1.12 Conformidade de Sistemas Robóticos
O que a NR12 diz:
“12.1.12 Os sistemas robóticos que obedeçam às prescrições das normas ABNT ISO 10218-1, ABNT ISO 10218-2, da ISO/TS 15066 e demais normas técnicas oficiais ou, na ausência ou omissão destas, nas normas internacionais aplicáveis, estão em conformidade com os requisitos de segurança previstos nessa NR.”
O que isso significa na prática?
Este item é parecido com o anterior, mas foca em sistemas robóticos. Ele explica que robôs industriais e sistemas que usam robôs — como os robotizados — precisam seguir certas normas técnicas específicas, como a ABNT ISO 10218-1, a ABNT ISO 10218-2 e a ISO/TS 15066, que é para robôs colaborativos. Além dessas, também existem outras normas, tanto brasileiras quanto internacionais, que entram na jogada.
Se um robô ou sistema roboticamente integrado atende a esses requisitos, ele é considerado em conformidade com o que a NR12 exige de segurança. É como garantir que tudo esteja certinho, sem correr riscos.
Resumindo, o mais importante aqui é que os sistemas robóticos que seguem essas normas estão dentro do que a lei pede quanto à segurança no trabalho. E, nesse caminho, é importante ficar de olho nas normas específicas, para não passar batido e garantir que tudo funcione com tranquilidade e segurança.
Por que é importante?
Reconhece que sistemas robóticos são complexos e possuem normas de segurança dedicadas. Permite que fabricantes e integradores de robótica sigam padrões técnicos internacionais e brasileiros específicos para robôs, garantindo que as soluções de segurança (velocidade controlada, áreas de segurança, modos de operação, etc.) estejam alinhadas com as melhores práticas globais e sejam aceitas pela NR12. É essencial para a segurança na crescente automação com robôs.
Exemplos práticos para aplicação da NR12.1.12:
- Uma empresa instala um sistema de soldagem robotizado. A integração do robô, a área cercada, os sensores de presença e o modo de operação são projetados conforme a ABNT ISO 10218-2. O robô em si atende à ABNT ISO 10218-1. Se houver interação humano-robô, os riscos são avaliados e mitigados conforme a ISO/TS 15066. Ao seguir essas normas, o sistema robótico cumpre os requisitos da NR12 para esse tipo de equipamento.
NR12.2 Arranjo físico e instalações.
O que a NR12 diz:
“12.2 Arranjo físico e instalações.”
O que isso significa na prática?
Este é o título de uma nova seção dentro da NR12 que trata de como o ambiente físico (layout, espaço, piso, organização) onde as máquinas estão instaladas deve ser estruturado para garantir a segurança dos trabalhadores. Não se refere diretamente à segurança intrínseca da máquina, mas sim à segurança do entorno da máquina e das áreas próximas.
Por que é importante?
A segurança em máquinas não depende apenas do equipamento em si, mas também de como ele se integra ao ambiente de trabalho. Um arranjo físico inadequado pode criar riscos de acidentes, como atropelamentos, quedas, colisões ou acesso indevido a zonas perigosas. Esta seção estabelece requisitos básicos para o layout seguro.
Exemplos práticos para aplicação da NR12.2:
- Definir onde as máquinas serão instaladas considerando o fluxo de materiais e pessoas.
- Garantir espaço suficiente para operação e manutenção.
- Verificar as condições do piso.
NR12.2.1, 12.2.1.1 e 12.2.1.2 Áreas de Circulação
O que a NR12 diz:
“12.2.1 Nos locais de instalação de máquinas e equipamentos, as áreas de circulação devem ser devidamente demarcadas em conformidade com as normas técnicas oficiais.
12.2.1.1 É permitida a demarcação das áreas de circulação utilizando-se marcos, balizas ou outros meios físicos.
12.2.1.2 As áreas de circulação devem ser mantidas desobstruídas.”
O que isso significa na prática?
Estes itens tratam da organização das áreas por onde as pessoas e veículos (como empilhadeiras) se movem no ambiente de trabalho com máquinas:
- 12.2.1: As áreas por onde as pessoas e equipamentos de movimentação circulam (corredores, vias) devem ser claramente identificadas ou marcadas. A forma de marcar deve seguir as normas técnicas brasileiras (como as NBRs sobre sinalização de segurança).
- 12.2.1.1: A demarcação não precisa ser apenas pintura no chão. Pode-se usar outros métodos visíveis e físicos, como postes baixos (balizas), cones, ou estruturas similares, especialmente onde a pintura não é prática ou suficiente.
- 12.2.1.2: Uma vez demarcadas, é essencial manter essas áreas livres de obstáculos. Nenhum material, ferramenta, peça ou lixo deve bloquear os corredores e vias de circulação.
Por que é importante?
Áreas de circulação bem definidas e desobstruídas previnem acidentes graves como atropelamentos por empilhadeiras, colisões entre pessoas e equipamentos, e quedas causadas por tropeços. A sinalização clara orienta o fluxo seguro de pessoas e veículos, especialmente em ambientes ruidosos ou com visibilidade limitada.
Exemplos práticos para aplicação da NR12.2.1, 12.2.1.1 e 12.2.1.2:
- Pintar faixas amarelas no chão para delimitar corredores principais na área de produção onde há máquinas.
- Instalar balizas nos cantos de áreas de circulação para reforçar a demarcação.
- Implementar um procedimento para evitar que caixas, pallets ou ferramentas fiquem espalhados nos corredores. O segredo é manter esses espaços sempre livres. Assim, a circulação fica mais fácil e segura para todo mundo.
NR12.2.2 Distância entre Máquinas
O que a NR12 diz:
“12.2.2 A distância mínima entre máquinas, em conformidade com suas características e aplicações, deve resguardar a segurança dos trabalhadores durante sua operação, manutenção, ajuste, limpeza e inspeção, e permitir a movimentação dos segmentos corporais, em face da natureza da tarefa.”
O que isso significa na prática?
Não basta só colocar as máquinas no lugar. É importante deixar espaço suficiente entre elas. Esse espaço precisa ser grande o bastante para que o trabalhador consiga mexer na máquina, fazer manutenção, ajustes, limpeza ou inspeção, tudo de forma segura. Afinal, ele precisa ter liberdade de movimento, sem correr risco de ser prensado ou atingido pela máquina vizinha ou por partes móveis. Então, o ideal é planejar bem para que tudo seja acessível, sem pressa ou perigo. Se pensar assim, tudo fica mais tranquilo na hora de trabalhar.
Por que é importante?
Distâncias inadequadas entre máquinas criam “zonas de perigo ocultas” ou aumentam os riscos durante tarefas que exigem que o trabalhador se posicione em locais específicos, como a lateral de uma máquina para manutenção. Um espaço insuficiente pode levar a acidentes por aprisionamento, esmagamento ou impacto. O item garante que o layout considere a ergonomia e a segurança das atividades necessárias em torno das máquinas.
Exemplos práticos para aplicação da NR12.2.2:
- Ao instalar duas máquinas lado a lado, garantir que haja um corredor de passagem ou um espaço de trabalho com largura mínima que permita que um trabalhador se posicione para alimentar a máquina ou acessar um painel lateral sem ficar perigosamente perto da máquina ao lado.
- Assegurar que a distância entre máquinas permita a abertura completa de portas de acesso ou proteções basculantes sem colidir com a máquina vizinha.
NR12.2.3 Espaços em Torno de Máquinas
O que a NR12 diz:
“12.2.3 As áreas de circulação e armazenamento de materiais e os espaços em torno de máquinas devem ser projetados, dimensionados e mantidos de forma que os trabalhadores e os transportadores de materiais, mecanizados e manuais, movimentem-se com segurança.”
O que isso significa na prática?
Vamos lá, pensando no espaço ao redor das máquinas, ele vai além da simples distância entre elas. É importante considerar também as áreas próximas, onde materiais ficam armazenados temporariamente ou circulam. Essas áreas precisam ser bem planejadas para que, ao andar por ali, as pessoas não tenham que se preocupar com obstáculos ou riscos de colisão.
Imagine os equipamentos de movimentação, como carrinhos, empilhadeiras e paleteiras. Eles precisam passar por esses espaços com facilidade, sem perigo de acidentes. Por isso, tudo deve estar bem organizado, com espaço suficiente para o movimento de cada um. Assim, o fluxo fica mais seguro e eficiente para todos.
No final, o segredo é pensar no espaço de forma prática e, ao mesmo tempo, segura. Afinal, um bom planejamento faz toda a diferença na rotina do dia a dia e ajuda a evitar problemas.
Por que é importante?
A interação entre máquinas, trabalhadores e movimentação de materiais é uma fonte comum de acidentes. Projetar e manter esses espaços adequadamente reduz o risco de atropelamentos, colisões, quedas de materiais sobre trabalhadores e aprisionamentos entre equipamentos em movimento. Garante um fluxo de trabalho mais seguro e eficiente.
Exemplos práticos para aplicação da NR12.2.3:
- Definir áreas específicas para armazenar matéria-prima ou produto acabado próximo a uma máquina, garantindo que essa área não invada o espaço necessário para o operador ou para a passagem de uma empilhadeira.
- Planejar o layout de forma que as rotas de empilhadeiras não passem muito perto de zonas de operação ou manutenção de máquinas.
- Manter o chão ao redor das máquinas livre de óleos, graxas ou detritos que possam causar escorregões.
NR12.2.4 Requisitos para o Piso
O que a NR12 diz:
“12.2.4 O piso do local de trabalho onde se instalam máquinas e equipamentos e das áreas de circulação devem ser resistentes às cargas a que estão sujeitos e não devem oferecer riscos de acidentes”
O que isso significa na prática?
Este item foca nas condições do piso na área de máquinas e nas áreas de circulação próximas. O piso precisa ser forte o suficiente para suportar o peso das máquinas, dos materiais armazenados e dos equipamentos de movimentação sem rachar, afundar ou quebrar. Além disso, ele não deve ter características que causem acidentes, como ser escorregadio, irregular (buracos, desníveis), ter obstáculos fixos inesperados ou cantos perigosos.
Por que é importante?
Pisos inadequados são causas frequentes de acidentes, como quedas (escorregões em pisos molhados ou irregulares), tropeços (buracos, obstáculos) e até problemas estruturais (piso que cede). Um piso resistente e seguro é fundamental para a estabilidade das máquinas e para a movimentação segura de pessoas e materiais.
Exemplos práticos para aplicação da NR12.2.4:
- Garantir que o piso na área de instalação de uma máquina pesada foi projetado para suportar aquela carga.
- Reparar imediatamente buracos ou rachaduras no piso das áreas de circulação e perto das máquinas.
- Utilizar revestimentos antiderrapantes em áreas onde pode haver derramamento de líquidos.
- Manter o piso limpo e seco sempre que possível.
NR12.2.5 Organização de Ferramentas
O que a NR12 diz:
“12.2.5 As ferramentas utilizadas no processo produtivo devem ser organizadas e armazenadas ou dispostas em locais específicos para essa finalidade.”
O que isso significa na prática?
As ferramentas usadas para operar, ajustar ou cuidar das máquinas precisam de um lugar certo pra ficar quando não estiverem em uso. É importante manter tudo organizado, assim elas não ficam espalhadas pelo chão ou jogadas sobre as máquinas. Quando as coisas estão no lugar, fica mais fácil encontrar o que precisa, evita acidentes e ainda ajuda a preservar o equipamento. Então, reserve um espaço específico para cada ferramenta, pode ser uma bancada, uma gaveta ou um suporte na parede. Assim, tudo fica mais seguro e o trabalho flui melhor.
Por que é importante?
Ferramentas deixadas em lugares errados podem causar acidentes sérios. Imagine uma chave que escapa e cai na cabeça de alguém. Ou um martelo no chão que alguém pisa e escorrega. Pode parecer bobagem, mas esses pequenos detalhes fazem toda a diferença. Além de colocar as pessoas em risco, uma ferramenta esquecida no lugar errado pode acabar travando máquinas ou causando danos.
Organizar as ferramentas não é só uma questão de ordem, é uma questão de segurança. Quando mantemos tudo no lugar certo, o trabalho fica mais fácil de fazer, e a manutenção, mais rápida. Pisar, tropeçar ou ficar procurando por uma ferramenta por aí só atrasa tudo e aumenta o risco de acidentes.
Por isso, o ideal é usar suportes, caixas ou gavetas específicas para guardar cada ferramenta. Assim, nada fica espalhado, e todo mundo sabe exatamente onde procurar. Uma rotina simples de arrumar tudo ao terminar o trabalho ajuda bastante. No final, essa organização protege você e seus colegas, além de evitar prejuízos.
Exemplos práticos para aplicação da NR12.2.5:
- Instalar painéis perfurados com suportes para pendurar ferramentas perto das máquinas.
- Providenciar carrinhos de ferramentas ou bancadas com gavetas organizadas.
- Designar caixas ou armários específicos para guardar chaves, alicates, instrumentos de medição, etc.
NR12.2.6 e 12.2.6.1 Estabilidade de Máquinas Estacionárias
O que a NR12 diz:
“12.2.6 As máquinas estacionárias devem possuir medidas preventivas quanto à sua estabilidade, de modo que não basculem e não se desloquem intempestivamente por vibrações, choques, forças externas previsíveis, forças dinâmicas internas ou qualquer outro motivo acidental.
12.2.6.1 As máquinas estacionárias instaladas a partir da Portaria SIT n.º 197, de 17 de dezembro de 2010, D.O.U. de 24/12/2010, devem respeitar os requisitos necessários fornecidos pelos fabricantes ou, na falta desses, o projeto elaborado por profissional legalmente habilitado quanto à fundação, fixação, amortecimento, nivelamento.”
O que isso significa na prática?
Estes itens garantem que máquinas que não são móveis (estacionárias) fiquem firmemente no lugar e não se movam ou tombem inesperadamente:
- 12.2.6: Todas as máquinas estacionárias precisam ter algum sistema que evite que elas percam a estabilidade e se desloquem ou tombem. Isso pode acontecer por causa da própria vibração da máquina, impactos acidentais, forças geradas pelo processo ou forças externas como vento ou tremores.
- 12.2.6.1: Para máquinas estacionárias instaladas a partir de dezembro de 2010 (data da Portaria que publicou esta versão da NR12), há uma exigência adicional: a instalação deve seguir as instruções do fabricante sobre como fixar a máquina, o tipo de fundação necessária, sistemas para reduzir vibração (amortecimento) e como nivelá-la. Se o fabricante não fornecer essas informações, um profissional qualificado legalmente deve fazer um projeto específico para a instalação segura.
Por que é importante?
Uma máquina que tomba ou se desloca inesperadamente representa um risco altíssimo de esmagamento ou impacto para qualquer pessoa próxima. Garantir a estabilidade é fundamental, e o item 12.2.6.1 assegura que as instalações mais recentes sigam critérios técnicos rigorosos, seja do fabricante ou de um especialista.
Exemplos práticos para aplicação da NR12.2.6 e 12.2.6.1:
- 12.2.6: Fixar uma máquina fresadora pesada no chão usando chumbadores ou parafusos apropriados. Utilizar coxins de borracha para absorver vibrações de um compressor.
- 12.2.6.1: Ao instalar uma injetora de plástico nova (após 2010), verificar no manual do fabricante o tipo de base de concreto necessária, os pontos de fixação recomendados e o procedimento de nivelamento. Se o manual for insuficiente, contratar um engenheiro para dimensionar a fundação e o sistema de fixação.
NR12.2.7 Travas em Rodízios de Máquinas Móveis
O que a NR12 diz:
“12.2.7 Nas máquinas móveis que possuem rodízios, pelo menos dois deles devem possuir travas.”
O que isso significa na prática?
As máquinas ou equipamentos que têm rodas para serem movidas, porém essas máquinas ficam estacionadas para trabalho, como bancadas de trabalho, por exemplo. Nós precisamos travar para evitar que se mexam sozinho. Afinal, ninguém quer que uma ferramenta se arraste ou escorregue enquanto alguém está usando, certo? Por isso, a regra é simples: pelo menos duas das rodas devem ter algum tipo de freio ou trava. Assim, quando a máquina estiver parada, ela fica firmemente no lugar e não dá para ela se deslocar acidentalmente.
Por que é importante?
Uma máquina com rodízios destravados pode se mover inesperadamente durante a operação, manutenção ou mesmo quando um trabalhador se apoia nela, causando perda de controle, esmagamento, aprisionamento ou queda. A trava nos rodízios garante que a máquina permaneça estável na posição desejada enquanto o trabalho é realizado.
Exemplos práticos para aplicação da NR12.2.7:
- Uma serra de fita de bancada montada em uma estrutura com quatro rodízios. Pelo menos dois desses rodízios (geralmente os opostos na diagonal) devem ter alavancas ou pedais para travar o giro da roda ou a rotação do eixo.
- Um painel de controle móvel com rodízios usado para ajustar várias máquinas. Enquanto o técnico está configurando uma máquina, ele trava os rodízios do painel para que ele não se mova acidentalmente.
FAQ – Perguntas Frequentes sobre NR12.1.11 a 12.2.7
Quais são as partes de sistemas de comando relacionadas à segurança?
São os elementos de hardware ou software de um sistema de controle que executam funções de segurança, como acionar uma parada de emergência, garantir que uma porta com intertravamento impeça o funcionamento ou reduzir a velocidade de uma máquina.
A conformidade com a NBR ISO 13849 sozinha garante que a máquina está totalmente adequada à NR12 (item 12.1.11)?
Não totalmente. A NBR ISO 13849 trata especificamente das partes de sistemas de comando relacionadas à segurança. A máquina ainda precisa atender a todos os outros requisitos da NR12, como proteções físicas (grades), sistemas de segurança não elétricos, requisitos de operação, manutenção, treinamento, etc.
Se um sistema robótico atende às normas ISO 10218, ele precisa de mais alguma coisa para a NR12 (item 12.1.12)?
Atender às normas ISO 10218 (e ISO/TS 15066, se aplicável) considera o sistema robótico em conformidade com os requisitos de segurança previstos nessa NR para sistemas robóticos. No entanto, a instalação ainda deve considerar o arranjo físico (Seção 12.2 e subitens) e todos os demais requisitos da NR12 que se aplicam ao ambiente de trabalho e às atividades (procedimentos, treinamento, etc.).
A demarcação das áreas de circulação tem que ser com tinta ?
Não. Embora a pintura no chão seja comum e aceitável conforme normas técnicas, a NR12 permite usar outros meios físicos como marcos ou balizas, especialmente onde a pintura não é viável ou eficaz.
Qual a distância mínima obrigatória entre as máquinas (item 12.2.2)?
A NR12 não coloca um valor fixo de metros para a distância mínima. Isso porque cada máquina é diferente e o que funciona para uma pode não servir para outra. Então, o mais importante é definir esse espaço com base nas características específicas de cada equipamento e nas tarefas que o trabalhador vai fazer seja na operação, na manutenção ou na inspeção. Assim, o trabalhador consegue se mover à vontade, fazer o que precisa e ficar seguro, sem o risco de ficar preso ou de bater com a máquina vizinha.
Pense assim: não dá pra estabelecer uma regra única. É preciso avaliar cada caso, considerando o que a máquina faz e como o trabalhador vai atuar ao redor dela. Assim, dá para garantir que tudo aconteça de forma segura e sem preocupações desnecessárias
O que a NR12 exige sobre o piso perto das máquinas (item 12.2.4)?
O piso deve ser resistente para suportar as cargas (máquinas, materiais, tráfego) e não deve apresentar riscos de acidentes como ser escorregadio, irregular, com buracos ou obstáculos.
Todas as máquinas com rodízios precisam ter travas nas rodas (item 12.2.7)?
Máquinas móveis que possuem rodízios e operam em posição estacionária devem ter travas. A NR12 exige que pelo menos dois rodízios possuam mecanismo de travamento para garantir a estabilidade da máquina durante o uso.